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Idosos merecem cuidados especiais

Especialistas alertam para medidas rigorosas de prevenção ao grupo de risco, que soma 30 milhões

Com a pandemia, especialistas alertam para os cuidados com os idosos. Manter as medidas de distanciamento social são essenciais para minimizar a contaminação do grupo que é considerado de risco. Especialistas da Unicamp, UFSCar e UFMG dão dicas de como familiares e cuidadores devem ajudar os idosos.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui cerca de 30 milhões de idosos, número que representa 14% da população.

Em tempo de coronavírus, esse grupo é considerado de risco, o que exige cuidados reforçados. Pensando nisso, especialistas dão dicas sobre o que fazer para evitar a contaminação dos mais velhos por Covid-19. As entrevistas integram o episódio Envelhe(ser) da série Quarentena, produzida por Carolina Sotério e veiculada pelo Podcast Oxigênio (Unicamp) sob a coordenação da professora Simone Pallone de Figueiredo.

Para Karina Gramani Say, professora do departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é necessário adotar medidas para que os idosos fiquem em casa, uma vez que outras doenças comuns (como hipertensão, diabetes e insuficiência renal crônica) podem agravar a situação de saúde.

Para aqueles que convivem com seus familiares de terceira idade, é necessário explicar que as medidas de distanciamento social são a única forma de evitar a transmissão enquanto ainda não existe uma vacina efetiva. "O idoso precisa de informações de forma clara para que ele também entenda e possa se precaver", disse.

Tarefas como ir ao supermercado ou farmácia devem ser realizadas por terceiros e as medidas de higienização precisam ser reforçadas, entre elas o ato de trocar a roupa e os calçados de passeio ao chegar em casa.

Além disso, oferecer hidratação a cada duas horas, evitar compartilhar itens pessoais e realizar atividades que estimulem tanto o corpo quanto a mente dessa parcela da população são bem-vindas. Para aqueles que vivem sozinhos, uma rede de apoio é necessária para auxiliar essas tarefas, o que inclui manter um vínculo afetivo (a distância) e assegurar a continuação dos medicamentos que o idoso já fazia uso. Ainda assim, se for necessário sair às ruas, o uso de máscaras não deve ser negligenciado.

Durante a pandemia, muito se discute a respeito do distanciamento vertical, que incluía apenas os grupos vulneráveis.

A medida, no entanto, não funciona. "Para fazer um distanciamento vertical seria necessário ter lugares imensos, País afora, para poder colocar as pessoas que não teriam condição de fazer distanciamento em casa por questões econômicas", afirmou Marco Túlio Cintra, médico, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em Minas Gerais.

Para o futuro, é necessário investir em políticas públicas que promovam bem-estar e o envelhecimento saudável. "Não quer dizer ausência de doença, mas quer dizer que a gente promova a saúde ao invés de acolher só a doença", pondera Karina. A questão se torna ainda mais importante em meio à pandemia do novo Coronavírus.

"Essa situação de distanciamento social, ela só vem acentuar as desigualdades sociais já existentes, tanto para os idosos quanto para as populações vulneráveis", completa.
 

Fonte: Correio

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