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Entenda a gangorra de preços sofrida pelo seguro auto

Com grandes transformações no setor de automóveis e já experimentando um retorno gradativo das atividades, os preços dos seguros oscilam nos últimos meses

Atualmente, o seguro auto é a modalidade com maior inserção dentre as opções oferecidas pelo setor. Porém, nos últimos dois anos, algumas mudanças afetaram consideravelmente a precificação deste produto. Acontecimentos como o lockdown e outras medidas de isolamento social, nos primeiros momentos da pandemia da Covid-19, forçaram as pessoas a deixarem seus carros na garagem, e ainda acabaram gerando algumas reflexões: “Por que continuo pagando o seguro do meu carro?” ou “Por que o valor do meu seguro está tão alto?”. Assim, muitas vezes, famílias que tinham dois ou mais carros, decidiram abrir mão de um dos veículos pela falta de uso.

A redução drástica de automóveis em circulação resultou na diminuição da sinistralidade. Menos carros na rua significava menor índice de roubos, furtos e colisões. Com tudo isso acontecendo, no segundo semestre de 2020, uma queda nas contratações de seguro auto começou a ser percebida. A partir de março de 2021, outra mudança acometeu o mercado: a alta nos preços dos veículos usados, algo que não acontecia nos últimos 15 anos. Essa valorização, em torno de 20% a 30%, ocorreu por algumas razões:

– Escassez de insumos utilizados na produção de novos veículos, principalmente condutores e semicondutores, que também integram a fabricação de outros componentes elétricos de alguns produtos com vendas aquecidas pelo cenário pandêmico, como respiradores.

– Diminuição da oferta de veículos novos, não somente pela falta de matéria-prima nas plantas industriais, mas pela redução da mão de obra, devido ao isolamento social obrigatório.

Sendo assim, além do aumento nas vendas de usados, registrou-se também um crescimento na procura por serviços de manutenção, pois tem sido mais compensatório para o consumidor continuar com o próprio carro do que adquirir um novo ou mesmo seminovo.

A partir dessas grandes transformações no setor e já experimentando um retorno gradativo das atividades do país, estamos vendo os preços dos seguros oscilarem nos últimos meses, por qual motivo?

Dois fatores principais são responsáveis pela gangorra de preços do seguro auto

1. As indenizações são calculadas pelas seguradoras com base no valor de mercado do veículo. Com a alta dos preços dos carros, os seguros consequentemente ficaram mais caros, tanto na contratação como na renovação. Exemplo: um veículo que custava R$ 50.000, com uma taxa de 5%, tinha um prêmio de R$ 2.500. Atualmente, o mesmo carro passou a custar R$ 62.500 (acréscimo de 25%) e, mantendo a taxa de 5%, o valor do prêmio será de R$ 3.125.

2. O sinistro médio alavancou nos últimos meses com o retorno das atividades, mesmo que ainda de forma gradativa. A taxa de sinistralidade estava baixa, visto que a circulação de carros era menor com as pessoas trabalhando e permanecendo isoladas em casa. Essa descompensação entre o valor do prêmio contratado na apólice e o preço atual dos carros está sendo ajustada agora.

Outros impactos
Uma nova portaria da Superintendência de Seguros Privados (Susep) determina que as indenizações de sinistro oriundas de perda total por roubo, furto, colisão ou outras causas, passam a ser indenizados de acordo com o valor da Tabela Fipe vigente no momento da ocorrência do sinistro, e não mais na data da decretação da perda total como ocorria antes.

Resultado prático, com os constantes aumentos nos valores dos veículos, em muitas situações o sinistro ocorria em um mês e o valor da indenização era estipulado no mês subsequente, com aumento no valor a ser indenizado ao cliente, com esta alteração isso não mais ocorrerá.

Essas alterações no mercado de automóveis que refletem no mercado de seguros não é um fenômeno exclusivamente brasileiro, tem ocorrido em diversos países do mundo. O mais importante é garantir a sua tranquilidade e manter os bens assegurados. 
 

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