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Mortes por Covid de idosos com mais de 80 anos caíram após vacinação, aponta estudo da UFPel

Pesquisa foi feita em parceria com a Universidade de Harvard. Pesquisadores estimam que quase 14 mil pessoas desta faixa etária foram salvas pela imunização entre fevereiro e abril

As mortes por Covid-19 de idosos com 80 anos ou mais caíram após o começo da vacinação em quase todo o Brasil. Esta é uma das principais conclusões de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceira com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores analisaram os números de óbitos por coronavírus com base nos dados do Ministério da Saúde. A faixa etária representava 28% do total de mortes pela doença no país até janeiro deste ano, quando foi iniciada a campanha nacional de imunização.

No final de abril, esse percentual recuou para 13,1%, o menor já registrado para o grupo etário durante toda a pandemia. O padrão se repetiu em quase todas as regiões do país.

"A exceção foi a região Norte, onde está Manaus, que foi o lugar mais atingido pela pandemia. Lá na região Norte, no começo do ano, ao invés de as mortes de idosos de mais de 80 anos corresponderem de 25 a 30 de cada 100 mortes, eram 18 de cada 100, porque lá morreu muita gente jovem. Então, o que a gente está observando é que é compatível com o efeito da vacina salvando vidas", observa o pesquisador César Victora.

Outro dado da pesquisa indica que a vacina também protegeu os idosos contra a variante P.1, descoberta em Manaus, que se propaga de uma forma mais rápida.

"Tinha muita dúvida entre os epidemiologistas, imunologistas, infectologistas, se a vacina CoronaVac, que é responsável por grande parte da vacinação no Brasil, seria eficaz contra a P.1, porque ela não foi desenvolvida contra a P.1. Ela foi desenvolvida contra a primeira variante do coronavírus, que foi a que apareceu no ano passado no mundo todo. E nós estamos mostrando que, aparentemente, tudo indica resultados muito consistentes de que a vacina realmente protege contra a variante P.1", afirma.

Os pesquisadores estimam que 13.824 pessoas de 80 anos ou mais foram salvas pela vacinação durante o intervalo de oito semanas, entre meados de fevereiro e abril.

"A questão aqui não é nem ter começado antes, mas é começar. É ela ser mais rápida para a gente poder alcançar uma proporção de vacinados de uma forma mais intensa. O Brasil tinha que tentar vacinar o maior número possível no menor número de tempo, e infelizmente a gente não conseguiu o número necessário de vacinas para começar de uma forma intensa. Agora, o governo está adquirindo mais vacinas, então há esperança que, na medida em que a gente consiga aumentar a cobertura da vacinação da população, a gente consiga salvar mais vidas", comenta a professora da escola de Saúde Pública de Harvard, Márcia Castro.

Depois de analisar os dados, os pesquisadores consideram que primeira dose já oferece alguma proteção, mas é fundamental que as pessoas tomem a segunda dose da vacina. Mesmo para quem já se vacinou, como a aposentada Osvaldina Jarde, é importante continuar tomando cuidados como o uso da máscara e o distanciamento social.

"Do jeito que a coisa anda, se a gente não se proteger, o pessoal não se cuida, né? Agora estou confiante, mas, assim mesmo, uso máscara e uso meu 'alquinho' aqui", brinca.

Fonte: G1

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