Notícias

Imagem

Entenda como a obesidade pode agravar ainda mais quadros de Covid-19

Obesidade é considerada um dos maiores fatores de risco para a Covid grave; veja a importância da manutenção do peso adequado
 
O peso de uma pessoa jamais deveria entrar em discussões estéticas, já que a composição corporal está, única e exclusivamente, ligada à saúde. A obesidade, além de aumentar o risco de outras doenças - como o câncer1, por exemplo -, está ligada ao aumento do risco de desenvolver quadros graves de Covid-19, com um aumento de nada menos do que quatro vezes o risco de morte em quem é acometido pela doença2.
 
Para compreensão, a obesidade é considerada uma doença crônica, assim como o diabetes, por exemplo3. É por isso que tratar a obesidade é imperativo para preservar a saúde, pois minimiza o risco de mais de 10 tipos de câncer1, bem como as chances de desenvolver outras condições, como doenças cardiovasculares, pressão alta, colesterol e triglicérides altos e até mesmo problemas dermatológicos4.
 
Mas, afinal, por que é que a obesidade pode ser tão nociva ao corpo? A resposta pode estar nas consequências da quantidade excedente de gordura corporal, que provoca uma espécie de inflamação crônica no organismo - entre outros malefícios - e predispõe a diversas doenças, entre elas o câncer3.
 
Obesidade e a Covid-19
 
Foi durante a pandemia de Covid-19 que se descobriu que quem tem obesidade enfrenta ainda mais um risco: o de agravamento da doença, que chega a ser até 4 vezes mais séria do que quem está com a composição corporal dentro da faixa da normalidade2.
 
Não se sabe exatamente quais são os mecanismos envolvidos nesse aumento de risco, porém as pistas sugerem que os estados pró-inflamatórios e pró-trombóticos provocados pela obesidade sejam responsáveis pelo aumento da gravidade, assim como a diminuição da capacidade respiratória que está ligada ao excesso de peso2.
 
Além disso, o risco de desenvolver Covid-19 grave não está necessariamente ligado às comorbidades que a obesidade traz, embora elas aumentem ainda mais o perigo. Apenas o fato de estar em estado de obesidade já é um risco para a progressão desfavorável da doença2.
 
De acordo com um estudo publicado no periódico Annals of Internal Medicine, a obesidade mórbida, particularmente quando se trata de pacientes homens jovens, chega até mesmo a ofuscar o risco promovido por outras condições relacionadas à obesidade, como infarto, hipertensão, diabetes e dislipidemias. Ou seja, a obesidade, por si só, aumenta - e muito - o risco de agravamento do quadro provocado pela Covid-192.
 
Tratamento da obesidade
 
Para evitar este e outros problemas, o ideal é se manter dentro do peso adequado, o que é um valor individual que leva em conta a altura, idade e composição corporal.
 
A boa notícia é que atualmente há diversos tratamentos disponíveis. Pessoas com obesidade podem - e devem - procurar fazer uma reeducação alimentar com o auxílio de um nutricionista, bem como praticar atividade física, já que, além de essas medidas serem auxiliares no tratamento da obesidade, também são pilares da boa saúde5,6.
 
Há também outras estratégias, como o uso de medicamentos e, dependendo da indicação médica, a cirurgia para a obesidade, conhecida por cirurgia bariátrica5.
 
Para que o tratamento da obesidade seja bem sucedido, é importante seguir as recomendações médicas, bem como o tratamento multidisciplinar, que envolve mudanças de estilo de vida e intervenções médicas.
 
Um exemplo é o auxílio psicológico, já que há pessoas que se alimentam em demasia por questões ligadas à saúde mental. O acompanhamento por um psicólogo também ajuda a entender as questões e fortalecer o paciente durante o tratamento7.
 
Referências
 
1. Rezende LFM, Arnold M, Rabacow FM et al. The increasing burden of cancer attributable to high body mass index in Brazil. Cancer Epidemiology. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1877782118300900 Acesso em 26 de março de 2021.
 
2. Tartof SY, Qian L, Hong V et al. Obesity and Mortality Among Patients Diagnosed With COVID-19: Results From an Integrated Health Care Organization. Annals of Internal Medicine. Disponível em: https://www.acpjournals.org/doi/10.7326/m20-3742 Acesso em 26 de março de 2021.
 
3. Pinheiro ARO, Freitas SFT, Corso ACT. Uma abordagem epidemiológica da obesidade. Revista de Nutrição. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732004000400012 Acesso em 26 de março de 2021.
 
4. Teichmann L, Olinto MTA, Costa JSD. Fatores de risco associados ao sobrepeso e a obesidade em mulheres de São Leopoldo, RS. Revista Brasileira de Epidemiologia. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2006000300010&lng=pt&nrm=iso Acesso em 26 de março de 2021.
 
5. Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 4ª edição. Abeso. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf Acesso em 26 de março de 2021.
 
6. Medline Plus. Benefits of Exercise. NIH - U.S. National Library of Medicine. Disponível em: https://medlineplus.gov/benefitsofexercise.html Acesso em 26 de março de 2021.
 
7. Por que preciso passar com um psicólogo antes da cirurgia de obesidade? Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Disponível em: https://www.sbcbm.org.br/psicologia/ Acesso em 26 de março de 2020.
 

Fonte: Minha Vida

Categorias:

Comente esta notícia

código captcha

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (SINDAFEP) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SINDAFEP. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SINDAFEP bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.