Auditor Fiscal lança livro sobre história dos capuchinhos de Curitiba
Obra está disponível gratuitamente na internet e retrata a ligação de José Laudelino Azzolin com sua família e a religiosidade
O Auditor Fiscal Aposentado José Laudelino Azzolin lançou o livro “O Capuchinho das Mercês”, em que retrata a chegada dos freis ao Paraná e a forte ligação entre sua família e os capuchinhos. A obra, produzida em 2020 durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foi a primeira do gênero literário produzida por Azzolin, que além da carreira na auditoria fiscal também foi professor de disciplinas econômicas em universidades.
“Tanto no Fisco quanto no magistério eu atingi as categorias mais altas possíveis. Isso me fez questionar: como é que eu tenho conseguido ter sucesso”, afirma Azzolin, sobre a motivação para a produção do livro sobre os capuchinhos de Curitiba. Sua história de vida está intimamente ligada aos freis das Mercês. “Na igreja das Mercês, fui batizado, fiz a Primeira Comunhão, casei e batizei meus filhos. Quando criança, vivia com meu pai na construção do seminário Santa Maria; na adolescência e juventude, participei da vida capuchinha como seminarista; como adulto, frequento com minha família os rituais religiosos”, descreve, logo no início do livro.
Com a infância vivida longe de casa, no seminário, Azzolin queria saber um pouco mais sobre a história dos pais e sobre a sua própria, já que alcançou durante toda a carreira cargos de destaque. “Isso gera questões: por que eu consegui tudo isso? E durante a pesquisa, por incrível que pareça, eu comecei a analisar o aspecto religioso. Eu não conhecia meus pais profundamente, mas me lembro que eles eram muito religiosos. Comecei a pesquisar essa fonte e me liguei que a existência dos meus pais foi toda embasada na religião. Foi então que cheguei aos freis capuchinhos, muito amigos dos meus pais”, conta Azzolin.
Para a produção do livro, o Auditor Fiscal aposentado teve que realizar um árduo processo de pesquisa para chegar na história dos capuchinhos no Paraná. “Eu tive que historiar durante uma centena de anos. Os frades vieram ao Brasil em 1920, então comecei a pesquisar desde o primeiro frade. Todos que trabalharam na igreja das Mercês, em Curitiba, eu pesquisei e fiz uma pequena história deles. Muitos, inclusive, eu consegui testemunhos que falassem sobre eles. Os demais foram por meio de pesquisa documental”, afirma Azzolin.
Quando iniciou as pesquisas sobre sua família, Azzolin não imaginava que o livro viria a ser sobre os freis capuchinhos das Mercês. “Eu não sabia porque eu estava escrevendo o livro [no início]. O objetivo era claro: entender o porquê que eu consegui a minha sorte. Entretanto, eu não sabia como iria ficar o livro”, explica. “Eu comecei a pesquisar e tinha muitas frases em latim, língua que eu tinha estudado no seminário, mas que eu não conseguia traduzir todas as frases”, conta Azzolin. Foi então que ele encontrou um frade que o ajudou nas pesquisas e tradução, além de revisar o livro. Este mesmo frade foi reitor de Azzolin no seminário, entre 1960 e 1962. “Ele corrigia até mesmo coisas que não eram para corrigir”, brinca Azzolin.
Entre os desafios para produção do livro estavam a pandemia do coronavírus e a falta de registros para pesquisa. “Para um cara ativo como eu, aposentado em duas instituições e trabalhando 40 horas por semana, eu não podia simplesmente dar tchau para o pessoal e ir para a casa. Demorei praticamente um ano para escrever esse livro — que não é da minha área — e as entrevistas foram realizadas por telefone e internet”, explica.
O livro já está disponível gratuitamente de forma on-line. “É um livro cultural, religioso e histórico”, completa Azzolin. Para ter acesso a obra, clique aqui.
Sobre o autor
José Laudelino Azzolin é Auditor Fiscal Aposentado e foi diretor da Receita, graduado em Economia pela Fundação de Estudos Sociais do Paraná (1969) e mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Também é professor universitário aposentado e autor de diversas obras da área econômica. Foi presidente da Associação dos Funcionários Fiscais do Estado do Paraná (Affep), além de ser um dos fundadores do Sindicato dos Agentes Fiscais de Tributos Estaduais do Estado do Paraná (Safite). Presidiu simultaneamente ambas as entidades, sendo o primeiro presidente do sindicato. Foi também o responsável pela união das duas entidades, formando o que mais tarde viria a ser o Sindafep.
Incentivo a arte
O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (Sindafep) incentiva seus filiados a produzirem obras artísticas com diversos projetos, entre eles o Expofoto, Expoarte e Fiscoliterata. Devido a pandemia, infelizmente não pudemos realizar nossos eventos artísticos, mas esperamos que em 2021, com a possível melhora no cenário sanitário, seja possível retomá-los para compartilharmos o talento artístico dos nossos filiados.
Foto Igreja das Mercês: Gerson Klaina - Tribuna
Comentários
Marcelo Siqueira
01 de abril de 2021
MARIO GROTT
04 de fevereiro de 2021
Durante a minha vida funcional tive a ventura de conhecer de perto o nosso colega Azzolin. Uma das nossas reservas de moralidade e intelectualidade. Tenho a certeza que a sua obra estará a altura da minha espectativa.
Um grande abraço e parabéns pela iniciativa.
Valmor Machado
30 de janeiro de 2021
Abraços
Ione Pavelski
29 de janeiro de 2021
Comente esta notícia